Este ano o mês de Agosto 2017 foi marcado por duas manifestações contra a indústria tauromáquica em Caldas da Rainha. Decidimos manifestar-nos por duas vezes de forma a demonstrar o nosso repúdio contra as várias formas que assume a indústria tauromáquica.
Dia 14 manifestámo-nos contra o espectáculo de recortadores que decorreu naquela Praça, onde pessoas que se intitulavam de gladiadores se predispunham a fazer malabarismos e outro tipo de acrobacias e teatro tendo como vítima, já comum neste tipo de espaços (praças de touros), os touros.
O protesto decorreu em horário nocturno em frente à Praça de Touros e a um público extremamente reduzido que visitou o triste espectáculo.
Tal como nas garraiadas é facil cair na falácia de achar que não há problema nenhum em fazer acrobacias por cima de um touro. Mas vejamos, será esta actividade assim tão inofensiva para os animais?
1. Preparação/Embolação *
O sofrimento começa na captura e “preparação” das vítimas para esta actividade tauromáquica com intervenções que as enfraquecem. Uma destas intervenções é a embolação, que consiste na anulação do poder de perfuração pelos cornos, através do corte das respectivas pontas e da aplicação de materiais de revestimento.
2. Transporte de ida e espera nos contentores de transporte *
O transporte [...] é feito dentro de exíguos contentores. Sendo estes animais criados em grandes extensões de terreno, em ambientes pouco barulhentos e nos quais pouco interagem com pessoas, é fácil de perceber que o transporte cause claustrofobia, pânico, acentuada perda de peso (que chega a ser de 10% do peso inicial) e desgaste.
3. A subsidiação da indústria tauromáquica
Qualquer actividade que decorra no contexto de uma Praça de Touros e que gere receitas, estará a subsidiar a sua continuidade.
* referência ao artigo do movimento "Marinhenses Anti-Touradas" sobre o tema das Garraiadas. (ver mais em: http://mgranti-touradas.blogspot.pt/2017/08/garraiadas-de-rua-o-sofrimento-dos.html)
No dia seguinte voltámos a marcar a posição com novo protesto que decorreu uma vez mais em frente à Praça de Touros. Demonstrando que já não há mais lugar para este tipo de tradições.
No total fomos cerca de 40 pessoas que se manifestaram, no conjunto de ambas as acções.
Mais que os números, ao grupo CREA interessa marcar uma posição contra a tauromaquia e agradecemos a todos os que se juntaram a nós.
Manifestações Fictícias da Protoiro
Uma vez mais e como já vem sendo habitual nos últimos anos a Protoiro voltou a convocar uma manifestação ficticia "pro-tourada" para o mesmo dia/hora/local em que estavam convocadas as nossas manifestações.
O objectivo desta artimanha é tentar fazer é com que a nossa manifestação seja afastada da Praça de Touros, estratégia que, relembramos, já funcionou até no passado.
Tendo sido a nossa manifestação deslocada no passado para um local que fica a cerca de 200m da Praça de Touros, durante dois anos seguidos.
Uma vez mais fotografámos o local da dita manifestação "pro-tourada" e uma vez mais ninguém compareceu.
A indignação cresce em nós de ano para ano ao vermos que esta estratégia da Protoiro que é desrespeitosa em todos os sentidos permanece impune.
Como pode uma organização convocar de forma contínua manifestações que não passam de embustes sem que lhes sejam pedidas explicações ou aplicadas medidas de responsabilização?
Por cada manifestação marcada:
são destacados agentes de segurança pública;
são aumentadas as medidas de segurança;
são gastos recursos e tempo tanto na instância camarária como na policial;
a atitude tem por vista prejudicar o nosso direito de manifestação.
Por cada manifestação que é marcada e que não se realiza são gastos recursos públicos desnecessariamente, que deviam ser respeitados.
A atitude da Protoiro é baixa tal como é a actividade que defendem - a tortura de animais indefesos.
Pelo fim da tauromaquia!
Tal como a escravatura um dia acabou e a pedofilia um dia foi considerada ilegal, seguiremos até que se criminalizem estas práticas e se emancipem as pessoas do jugo da bestialidade, ignorância e prepotência.
Mais info sobre o protesto em: https://www.facebook.com/events/331318837293794/
Tal como a escravatura um dia acabou e a pedofilia um dia foi considerada ilegal, seguiremos até que se criminalizem estas práticas e se emancipem as pessoas do jugo da bestialidade, ignorância e prepotência.
Mais info sobre o protesto em: https://www.facebook.com/events/331318837293794/
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