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Um Churrasco Selvagem!





Com o lamento colectivo devido às vítimas humanas mortais e não mortais dos incêndios em Portugal, todos estão de luto e apreensivos com o modo como a “floresta” serviu de rastilho. Floresta é o nome chamado à monocultura de eucalipto para servir a empresa de papel Navigator (Portucel). 

                                        Patrícia de Melo Moreira

Depois os economistas lembram a economia agrícola e a de produção animal afectada pelo fogo que, sem apoio financeiro não conseguirão manter-se activas. Os primeiros animais a serem falados são os animais de produção que, juntamente com os problemas derivados da seca passaram a estar no centro das atenções. Passou-se da preocupação com o seu bem-estar e apresentar um bom produto, a estar-se preocupado com o investimento para se manter o produto. 

Claro que os heróis que salvaram animais domésticos (Cães e Gatos) são destacados nos telejornais.
Mas foi preciso uma chamada de atenção para se olhar aos milhares de animais selvagens afectados. Dezenas de voluntários ajudam ONG’s a salvar os possíveis. As zonas afectadas pelos incêndios eram local de migração de vários animais e local de residência de algumas espécies em perigo ou extinção.

                                              Miguel Vidal

Como as árvores autóctones, os Animais-Floresta são também para serem substituídos ou mantidos como exemplares, mantendo ao mesmo tempo uma economia paralela assente na “salvação” e “manutenção” dos animais selvagens, que chega ao cúmulo de matar cavalos garranos e vender a sua carne para restaurantes, ou um dia quem sabe criar-se um fundo de conservação em colaboração com os caçadores, mais um dos locais onde os animais selvagens são aceites, desde que controlados. 

“Os Garranos particulares na altura de serem capturados utilizam um sistema de defesas idêntico ao utilizado contra os lobos. Quando capturados após o cerco são retiradas crias das manadas para serem vendidos na feira anual. Muitos destes potros vendidos são abatidos para alimentação, pois a carne de Garrano é considerada um petisco, e os restantes são marcados pela Associação de Produtores de Garranos e devolvidos à liberdade.”-Naturlink.pt

Se a localidade na Serra do Gerês onde vivem os cavalos Garranos arde-se, que se fazia? Mantavam-se todos? 

As Gerações futuras, vão ver os lobos no Zoológico?

O lince vai ter direito a postais e ser um bonito adereço (animal embalsamado) para uma foto?

As águias, os abutres, e as outras centenas (milhares) de aves vão todas ser mascote de um clube de futebol ou logo de uma empresa?

Onde vão viver todos os animais livres? 

Que tipo de reflorestação se prepara?

Julgamos que todos concordamos que a floresta não pode ser outra vez deixada na mão de quem não a sente!!

Por todas as vítimas dos incêndios deste ano e dos outros, partilhamos esta petição de assinaturas:


Direitos dos cidadãos relativos aos Incêndios de 2017
Para perceber o que se passou em Portugal em relação aos incêndios de 2017 e aos animais selvagens:  


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