Estudo levado a cabo por cientistas holandeses – Carne artificial pode estar à venda dentro de cinco anos
(In PÚBLICO, 2 de Dezembro de 2009, http://www.publico.clix.pt/Ci%C3%AAncias/carne-artificial-pode-estar-a-venda-dentro-de-cinco-anos_ 1412306)
Ainda ninguém provou o produto, mas daqui a cinco anos poderá estar à venda nos supermercados carne artificial. Ou seja: carne criada em laboratório, não proveniente de nenhum animal morto. Os defensores dos direitos dos animais já vieram saudar os resultados da investigação. Resta saber se a carne é saborosa.
Investigadores holandeses criaram um produto descrito como um pedaço húmido de carne de porco e estão agora a investigar outras maneiras de melhorar o tecido fibroso comestível que, no futuro, se espera que as pessoas venham a adquirir.
Os cientistas extraíram células musculares de um porco vivo e colocaram-nas
numa solução de produtos animais. As células multiplicaram- se e criaram tecido muscular. A partir deste resultado é possível criar produtos semelhantes a bifes, caso seja possível desenvolver uma maneira de “exercitar” o músculo.
Os grupos vegetarianos já vieram louvar a iniciativa, afirmando que não colocam qualquer “objecção ética” se a carne não tiver origem num animal morto, escreve o “Telegraph”.
A organização de defesa dos animais Peta - conhecida pelas suas campanhas contra o uso de peles de animais na confecção de roupas - já veio dizer que não levanta qualquer objecção.
A Vegetarian Society indicou, porém, que “a grande questão será garantir que as pessoas estão a comer carne artificial e não carne de animais que foram mortos”. “Será muito difícil etiquetar e identificar a carne, de uma maneira em que as pessoas se sintam seguras”, vaticina o grupo.
Mark Post, professor de fisiologia na Universidade de Eindhoven, indicou ao “Sunday Times”: “Aquilo que temos neste momento é um tecido muscular enfraquecido. Precisamos de encontrar uma maneira de o melhorar, esticando-o e moldando-o, mas nós chegaremos lá”.
“Este produto será bom para o ambiente e irá reduzir o sofrimento animal. Parece mesmo carne, as pessoas irão comprá-lo (...) É possível tirar a carne a um animal e criar o volume de carne anteriormente fornecido por um milhão de animais”, esclareceu Mark Post.
O projecto é apoiado pelo governo holandês e por uma marca de enchidos e surge depois da criação de filetes artificiais a partir de células musculares de peixes.
A carne produzida em laboratório poderia evitar a emissão de gases de efeito de estufa para a atmosfera que resulta da criação de gado.
Estima-se que o consumo de carne e de produtos lácteos possa duplicar até 2015 e que o metano que se liberta durante as actividades relacionadas com a criação de gado seja responsável por 18 por cento dos gases de efeito de estufa lançados para a atmosfera.
Ainda ninguém provou o produto, mas daqui a cinco anos poderá estar à venda nos supermercados carne artificial. Ou seja: carne criada em laboratório, não proveniente de nenhum animal morto. Os defensores dos direitos dos animais já vieram saudar os resultados da investigação. Resta saber se a carne é saborosa.
Investigadores holandeses criaram um produto descrito como um pedaço húmido de carne de porco e estão agora a investigar outras maneiras de melhorar o tecido fibroso comestível que, no futuro, se espera que as pessoas venham a adquirir.
Os cientistas extraíram células musculares de um porco vivo e colocaram-nas
numa solução de produtos animais. As células multiplicaram- se e criaram tecido muscular. A partir deste resultado é possível criar produtos semelhantes a bifes, caso seja possível desenvolver uma maneira de “exercitar” o músculo.
Os grupos vegetarianos já vieram louvar a iniciativa, afirmando que não colocam qualquer “objecção ética” se a carne não tiver origem num animal morto, escreve o “Telegraph”.
A organização de defesa dos animais Peta - conhecida pelas suas campanhas contra o uso de peles de animais na confecção de roupas - já veio dizer que não levanta qualquer objecção.
A Vegetarian Society indicou, porém, que “a grande questão será garantir que as pessoas estão a comer carne artificial e não carne de animais que foram mortos”. “Será muito difícil etiquetar e identificar a carne, de uma maneira em que as pessoas se sintam seguras”, vaticina o grupo.
Mark Post, professor de fisiologia na Universidade de Eindhoven, indicou ao “Sunday Times”: “Aquilo que temos neste momento é um tecido muscular enfraquecido. Precisamos de encontrar uma maneira de o melhorar, esticando-o e moldando-o, mas nós chegaremos lá”.
“Este produto será bom para o ambiente e irá reduzir o sofrimento animal. Parece mesmo carne, as pessoas irão comprá-lo (...) É possível tirar a carne a um animal e criar o volume de carne anteriormente fornecido por um milhão de animais”, esclareceu Mark Post.
O projecto é apoiado pelo governo holandês e por uma marca de enchidos e surge depois da criação de filetes artificiais a partir de células musculares de peixes.
A carne produzida em laboratório poderia evitar a emissão de gases de efeito de estufa para a atmosfera que resulta da criação de gado.
Estima-se que o consumo de carne e de produtos lácteos possa duplicar até 2015 e que o metano que se liberta durante as actividades relacionadas com a criação de gado seja responsável por 18 por cento dos gases de efeito de estufa lançados para a atmosfera.
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