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Campanha de adopção do Chico

Muitas ideias erradas se formularam em torno da história do cão que esteve na mira da polícia para ser abatido na rua de Caldas da Rainha no dia 7 de Dezembro 2015.
Naquele dia um dos membros da CREA esteve no local e assistiu em parte ao que se passou, desde então tornou-se para nós imperativo esclarecer os muitos preconceitos que se formaram sem fundamento sobre a personalidade do animal e acima de tudo SALVAR SUA VIDA.






Ponto de situação atual:
Fomos contatados ontem, 21 de Dezembro, pelos serviços de veterinária do município onde nos informaram que o tempo de detenção do animal está a chegar ao fim.
Ao final de 15 dias dentro de uma jaula em isolamento o Chico poderá finalmente voltar a ver a sua família.
No entanto e muito embora a família seja a primeira interessada no bem-estar do animal, estes temem que não seja possível fazer retornar o animal ao sítio onde vivia anteriormente.
Desta forma procura-se agora uma nova família que possa dar finalmente uma vida calma ao Chico.

Quem é o Chico?
O Chico é um cão tipo pastor, tem um ano de idade e até há muito pouco tempo vivia normalmente numa fazenda junto com outros animais, não tendo a família nenhuma queixa a fazer sobre o seu temperamento. É um animal estimado por todos.

O que correu mal afinal?
O Chico está com esta família desde os 3 meses de idade e nunca tinha atacado ninguém até ao dia em que uma pessoa invadiu a propriedade onde este cão vivia.

O animal agindo por instinto atacou a pessoa que entrou no seu território. Quando o dono interviu para o tentar afastar do invasor, foi também mordido sem gravidade no braço. Ambos se dirigiram ao hospital onde é feito um registo do ataque do cão.

Na semana seguinte, e na sequência do acontecido, e com a preocupação de que pudessem haver complicações legais relacionadas com a vacinação do animal, estes decidem levar o animal a um serviço de veterinária privado onde pretendiam por a vacina da raiva em dia. (segundo a dona do animal está uma queixa apresentada contra a declaração da PSP onde estes afirmam que o cão iria ser eutanasiado)

A senhora afirma que durante a viagem até à veterinária veio a brincar com o animal. No entanto quando chegaram ao pé da clínica e pretenderam tirar o cão do carro este resistiu. O marido da senhora toma a iniciativa de tirar o cinto para fazer de trela. O cão por talvez já ter experimentado anteriormente ser açoitado com um cinto atacou como reacção, mordendo o marido da senhora na cara e os braços.

Posto isto e na impossibilidade da própria família controlar o animal foram chamadas as autoridades responsáveis – polícia, veterinária municipal, protecção civil, bombeiros.

O que se segue terá sido com certeza um misto de alarmismo e de incapacidade real de colocar o animal e as pessoas em segurança.







Sobre o Chico:

No mesmo dia, 21 Dez, encontrámo-nos com uma das pessoas da família do animal, a Susana.
Os membros da família do animal eram de facto as únicas pessoas que ainda não tínhamos ouvido sobre todo o caso, procurámos saber mais sobre a vida do animal e desmistificar a ideia que se criou à volta do temperamento do mesmo.

A família retrata o animal como sociável, afirma que não tem comportamento agressivo, brinca com crianças, dá beijos e gosta de festas. Quando nos encontrámos a senhora estava com uma criança que costumava fazer festas ao Chico como lembrou, estava também presente um sobrinho que afirmava que não podia ficar com o Chico porque vive num apartamento e já tem um cão.

Outros relatos sobre o Chico:
Do canil chega-nos o relato por parte de um dos voluntários que afirma que o animal está bem de saúde, que o ferimento de bala foi de raspão na orelha, e que lhe dão comida na mão.

Em conclusão:
É de nossa convicção de que o cão estaria morto se não fossem as pessoas que estavam assistir terem começado a intervir. Agora é nossa convicção que é possível dar uma boa vida ao Chico!



Poderás ser tu a proporcionar-lhe essa vida?


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